Sábado a noite,
eu sozinha em casa pensando na vida...ultimamente ando pensando demais na
vida...sobre as mudanças que pretendo concretizar e aquelas que já estou
concretizando.... enfim, dentre vários assuntos, obviamente, também está inserido
o tema afetividade.
Acabo de
assistir um programa de televisão, cujos participantes estavam debatendo justamente
o tema afetividade e a conclusão de um deles me chamou atenção: “É preciso
minimizar a atuação do “acaso” nas relações amorosas atuais! Não há mais tempo
para isso!”
Tudo bem, é fato
que todo mundo anda sem tempo....muito embora o dia continue tendo 24 horas...
Às vezes acho
que a falta de tempo é uma espécie de fuga, outras vezes entendo que é mazela
das megalópoles solitárias...seja como for, a questão é que a maioria das
pessoas (dentre as quais euzinha estou incluída) se pergunta onde estão as
outras pessoas disponíveis (=solteiras; =no mercado), dispostas a iniciarem
relacionamentos amorosos.
Será que
realmente existe um lugar certo para que essas pessoas enganem o “acaso” e os
“desencontros”, para finalmente se conhecerem e estabelecerem prática e
eficazmente as condições para se relacionarem?
Pra falar a verdade,
eu sempre acreditei no amor que acontece por acaso...meus ex-namorados/ficantes/amigos
coloridos/peguetes/beliscos, enfim, eu os conheci na balada, bares, viagens,
aviões, trens, taxis, supermercados, casa de amigos, praias, sempre com a
ajudinha do “acaso”.
O problema é que
o “acaso” não marca horário, não dá qualquer sinal de fumaça para que possamos
nos preparar para encontrarmos o outro.
Um dos meus últimos namorados, por exemplo, eu conheci em um sábado a
tarde no supermercado. Pensem na cena:
eu havia acabado de sair da sessão de drenagem linfática, com o cabelo todo
cheio de creme (parecendo que não lavava há um mês), preso num coque bem do mal
feito, de calça de moletom, blusinha de malha, tênis, sem maquiagem, sem salto
alto....e ele me olhou de um jeito que fiquei pensando que havia alguém atrás
de mim...não era possível que um homem poderia cogitar a possibilidade de flertar
comigo naquele estadinho!!!
Os participantes
do programa de televisão estavam comentando que a moda agora é marcar encontros
pela internet. Os interessados se cadastram em sites de relacionamentos,
informam suas preferências, acertam os detalhes do encontro pelo MSN e pronto:
um “dating” express está marcado! Com a vantagem de você poder se produzir toda
para o primeiro encontro e controlar, inclusive, qual será o programa para o
almoço ou jantar, para que você não corra o menor risco de ser pega
desprevenida com um pedaço de rúcula nos dentes....
Os que
defenderam esse modelo de “dating express”, diziam que o “acaso” é cruel, pois além de
colocar as pessoas em situações constrangedoras, condena à solidão aqueles que
não encontram seus pares.
Em
contrapartida, outros participantes diziam que o “dating express” milita contra
o romantismo e o mistério das relações amorosas, que são de suma importância
para despertar o desejo dos envolvidos.
A par disso, com
um aspecto muito importante todos os participantes concordaram:
independentemente das relações amorosas se iniciarem por obra do “acaso” ou do
“empreendedorismo” dos envolvidos, o que vale mesmo é o diálogo sincero. Não
adianta inventar uma verdade para o outro, fazer joguinhos de sedução, do tipo,
não vou falar o que eu sinto porque aí estarei me colocando nas mãos do
outro...e por aí vai...fato é que mais cedo ou mais tarde, tudo vem à tona!
Eu, aqui, neste
momento de reflexão, concordo que muitas coisas não foram ditas quando o que se
tinha a dizer era um espontâneo eu te amo....
A.D.
Chave de outro! 7 beijos!
ResponderExcluirObrigada, Fabiana! Estamos de volta! bjo
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