quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Educação manda lembranças...



Acredito que não sou a única pessoa que fica indignada com a falta de educação de alguns indivíduos que circulam pelas ruas todos os dias...

Quando penso que já vi de tudo, aparece um novo rebento para me surpreender.

No transporte público acho que é o “point” da falta de educação, pode ser metrô, trem ou busão... A falta de educação insiste em reinar...

Sempre tem aquela pessoa sem noção que quando você está na plataforma esperando o trem chegar, como quem não quer nada o ser chega e para na sua frente para embarcar primeiro. NA SUA FRENTE! Não está nem aí se você chegou antes... E ainda por cima faz cara de paisagem, NA SUA FRENTE! A vontade é dar um pescotapa com toda a força possível e jogar o maledeto no vão, mas a gente que tem educação respira fundo e conta até 1.000.

Como se não bastasse, apesar do vagão estar lotado, as pessoas não entendem a frase “NA IMPOSSIBILIDADE DE EMBARCAR AGUARDE O PRÓXIMO TREM” e tentam realizar o sonho de estar em um show de rock e se jogar na multidão, aí a pessoa sai correndo e se joga pra dentro do vagão – também gosto quando a pessoa coloca a mão na parede de dentro do vagão pra dar aquele impulso esmagador.

Depois que já estamos previamente enlatados e passamos pela fase de ajuste de carga – quando o metroviário dá aquela freada brusca que ninguém cai porque essa possibilidade não existe, já que a lei da física de que dois corpos não ocupam um mesmo lugar, infelizmente, não se aplica dentro do transporte público – chega a hora mais difícil, SAIR DO VAGÃO.

Outra expressão que muitos não estão familiarizados é: “COM LICENÇA”, porque você pede, chora, grita, esperneia, tira a calcinha pelo pescoço, mas nada

faz com que o ser se mova... Ai você vai aos poucos tentando sair e quando consegue sai que nem uma rolha de champagne num estalo à gás – PLOC!

Pelo menos você está livre! E isso se repete TODO SANTO DIA!

Outra situação que me emociona é ir ao supermercado. Em primeiro lugar eu acho que só pessoas previamente habilitadas poderiam andar em posse de um carrinho, porque algumas pessoas largam o carrinho em qualquer lugar e não se importam se estão atrapalhando, jogam o carrinho na sua frente do nada, quase atropelam várias pessoas, sem contar aqueles que andam em alta velocidade. #MEDO!

E, todos nós, em algum momento, pegamos fila para alguma coisa – carregar bilhete único, banco, mercado, seja onde for – sempre tem alguém que não sabe respeitar a “zona de conforto” de cada pessoa e para no seu cangote e ainda fica te cafungando! DELÍCIA!

Não vou falar de todos os casos de falta de educação se não vou escrever pra sempre, mas tirando esses ainda existem uns clássicos, como:

- Atendentes mal humorados – ninguém tem nada a ver com seus problemas pessoais, seja educado comigo porque eu sou com você!

- A dormidinha no assento preferencial para não dar o lugar para quem precisa – essa é uma das campeãs.

- Jogar lixo no chão – irrita mais ainda quando a pessoa está a dois passos de uma lata de lixo, mas tem a cara de pau de jogar no chão.

- Liga a seta do carro (ou não) e se joga instantaneamente pra pista do lado sem olhar se tem alguém!

- Você está no limite de velocidade, mas a pessoa do carro atrás fica te bulinando com o carro grudado na sua traseira.

- Estacionamento de shopping (ou outro lugar) – você está a cerca de 10 horas esperando a vaga, quando alguém sai, chega um espertão DEITANDO O CABELO (para quem não sabe significa correndo, porque quando a gente corre o cabelo deita) e se joga na vaga como se tudo estivesse normal!!!

Entre outros...

E a educação???

MANDA LEMBRANÇAS!

Marcella

terça-feira, 30 de agosto de 2011

To be continued...

“Não quero mais ir, vou ficar em casa, a minha vida é horrível, não quero ver gente...dá um jeito de vender o meu convite, por favor!”. Ela está no trabalho, entra no MSN, no facebook, no twitter e em todas as redes sociais possíveis e imagináveis para tentar vender o maldito convite.

Toca o celular e no meio de milhões de coisas para fazer no trabalho ela atende, com aquele humor que lhe é peculiar, já avisando que pode falar “mas BEM RÁPIDO!”. Do outro lado da linha, uma voz feminina histérica grita:

- “VOCÊ NÃO SABE QUEM ESTÁ AQUI E VAI HOJE NA FESTA?!?!”

- “Não faço a menor idéia e nem tô interessada, quero vender o meu convite, você sabe de alguém que queira comprar?”

- “O Rafael vai! Você acredita? E Você também vai, eu não quero nem saber, vocês têm que se encontrar!”

Então ela começa a relembrar daquela época, eles se apaixonaram sim, talvez mais ele do que ela, mas ela tinha consciência de que ele era uma das melhores pessoas que já havia conhecido, engraçado, inteligente, daqueles que você passa horas no boteco, bebendo cerveja, rindo a noite toda e o papo não acaba. Só que moravam a 600km de distância e quando se é mais jovem e se convive com tudo novo, é difícil se “prender” a alguém....

Milhões de coisas passaram pela sua cabeça: ”E se tivéssemos ficado juntos, será que teria dado certo?”, “E se eu não tivesse me deslumbrado com a vida de aborrescente-independente da época?”, “A gente tinha uma música!”, “Ele passava em casa pra me buscar nos finais de semana tremendo de nervoso e eu lembro que ele tinha uma fita no carro e gostava de ouvir e cantar “Chão de Giz”...”, “Por que eu fiz aquilo? Foi tão infantil da minha parte...", "Ele tem raivinha de mim até hoje..talvez orgulho ferido, sei lá!”.  Se eles teriam dado certo? Isso ela não saberia responder....

O  fato é, ela chegou em casa e a idéia de vender o convite havia desaparecido completamente, tinha curiosidade de vê-lo depois de tantos anos. Por mais que quisesse negar, vestiu o seu melhor “modelito”, fez babyliss no cabelo e saiu.

O lugar era imenso e talvez não se encontrassem, já tinha até desistido da idéia, quando no meio da multidão, ela esbarra sem querer, justo nele, claro – “Até que o tempo lhe foi generoso”, pensou tentando não parecer tão empolgada com a situação. Em contrapartida, ele parecia que havia visto um fantasma, ficou completamente sem jeito, sem saber o que dizer, parecia que o tempo não havia passado. Ficaram a noite toda trocando olhares e conversando tímidos, feito dois adolescentes e ela que sempre diz “adorar um romance”, achou aquilo a coisa mais divertida do mundo!

O fim de semana passou e logo no início da semana seguinte ele tentou contato, e foi assim que voltaram a se falar, depois de tantos anos afastados, e ele voltou a fazer parte da vida dela, depois de todo aquele tempo que ficaram sem ter notícias um do outro....

 Se eles ficaram juntos no final? Não gente, aqui não é a estorinha da Bela Adormecida que casa com o príncipe e vivem felizes para sempre...além do que, é baseada em fatos reais, mudei os nomes e locais para preservar a identidade dos envolvidos. Mas cá entre nós, eu torço para que o melhor aconteça, pois adoro os tais “finais felizes”....vocês não?!?!

 @analicebm

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Final feliz



Teresa é espanhola, mas em razão da profissão de seu pai, que é diplomata, morou em várias cidades do mundo. Ela diz que a melhor cidade para morar é Lisboa porque lá todos os dias são ensolarados. Além de detestar chuva, ela acredita que as pessoas são mais felizes quando veem e sentem o sol diariamente.

Lisboa é a cidade preferida até mesmo em comparação à romântica Paris. Depois de viver por lá durante os anos que cursou a faculdade, Teresa chegou à conclusão que em Paris o custo de vida é alto, as pessoas não são muito amistosas, além de chover constantemente. Quando a questionam sobre Paris, ela responde: “Paris é divina para o turismo, não para morar”. Pois bem, Lisboa foi o seu endereço por cinco anos após a conclusão do curso de Administração de Empresas. Foi lá que iniciou sua carreira em uma Multinacional, e cursou especialização.

Um dia, seu chefe a chamou para uma reunião para anunciar sua promoção. Teresa ficou radiante e surpresa com a rapidez da ascensão profissional, aos vinte e oito anos de idade. O Presidente da empresa foi pessoalmente comunicá-la que ela teria sido designada a assumir a Diretoria de Marketing de uma das filiais em São Paulo.

Sua primeira reação foi perguntar a ele se os dias eram tão ensolarados em São Paulo quanto em Lisboa. O Presidente sorriu e disse que em São Paulo ela viveria os dias cinzas mais azuis de sua vida...ela não poderia prever naquele momento, que isso seria verdade...

Teresa chegou ao Brasil na semana do carnaval de 2007. Chovia muito em São Paulo, mas Teresa não teve tempo para notar...

Como Teresa não tinha parentes e amigos no Brasil, os colegas de trabalho trataram de acolhê-la e inseri-la na programação organizada para o feriado de carnaval. Na sexta-feira, após a festa para oficializar as boas vindas, organizada pela empresa, resolveram levar Teresa para conhecer o desfile das escolas de samba.

Chegando ao sambódromo, Teresa começou a sentir um desconforto, uma queimação no estômago...era intoxicação alimentar...Como não queria estragar o programa organizado pelos novos amigos, procurou a enfermaria do Sambódromo.

A médica que a atendeu perguntou se ela havia ingerido alguma bebida alcoólica. Ela explicou o que estava acontecendo e foi medicada. O remédio provocou uma reação alérgica no seu rosto. Começou a ficar com edemas...outro médico prontamente a atendeu e medicou-a novamente. Embora Teresa já houvesse passado os dados pessoais (nome e telefone) para a primeira médica, Ele, o médico, pediu novamente os mesmos dados. E justificou: “A legislação brasileira exige que todos os médicos façam o cadastro dos pacientes atendidos e telefonem a eles dias depois para saberem sobre os resultados dos procedimentos adotados.” Ela não hesitou e passou novamente os dados a ele.

Na quarta-feira de cinzas, com a desculpa de “cumprir os procedimentos” ele telefonou a ela para saber se estava melhor. Na quinta-feira, ele a convidou para jantar. Na sexta-feira ele a convidou para passarem o final de semana juntos na praia....e assim eles continuaram, durante meses, até que se casaram e hoje têm dois filhos lindos!

Ela se diverte sempre que conta a história...ela mesmo diz que foi assistir o carnaval no sambódromo, em sua versão piorada...com intoxicação e edemas no rosto...e mesmo assim, encontrou o amor da sua vida!

Hoje, Teresa não troca a cinza São Paulo por nenhuma outra cidade do mundo....nem mesmo pela bela Lisboa.

A.D.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Começo do Fim



Parece que foi ontem que começou a faculdade... Onde tudo era novidade, a sala era lotada, tudo era festa, a matéria era fácil, as responsabilidades eram menores, assim como as preocupações com o futuro.

Primeiro ano parecia mais colegial do que outra coisa, levando em consideração as aulas, conteúdos, clima e as pessoas em si.

Mas o tempo foi passando, e, diga-se de passagem, passando muito rápido...

As responsabilidades aumentando a cada dia e a sala ficando cada vez mais vazia (alguns desistem, outros mudam de horário e outros mudam de faculdade).

Até que percebemos que temos que fazer horas complementares, estágio supervisionado, entregar milhares de trabalho, estudar para provas, aula de sábado (AFF!) e agora no último ano ele... O mais temido e que toma tempo: o famoso TCC!

Primeiro rola a dificuldade de saber o que vamos falar no TCC, passam mil idéias na cabeça e no começo nenhuma parece boa. Começa aquela sensação de desespero porque parece que nunca vamos achar o tema ideal e talvez o escolhido no fim não seja o ideal, mas é o que tem pra hoje.

Depois de escolhido o tema, começa a saga: LEITURA, LEITURA, LEITURA. Vamos entender TUDO do tema. E por onde começar a escrever?

No começo eu me sentia totalmente perdida, não sabia por onde começar, qual estrutura montar... Até que as coisas começaram a se encaixar e o TCC começou a andar... Graças a Deus!

Até o momento estou satisfeita! Ainda bem, porque quando a gente tem que fazer alguma coisa que a gente não gosta, querendo ou não, fica muito mais difícil.

Mas e agora?

Vou me formar...

Acredito que ninguém é a mesma pessoa que entrou na faculdade. Sonhos, atitudes, sentimentos, maturidade, independência... Tudo mudou!

Para melhor ou pior? Cabe a nos avaliarmos como foi o decorrer dessa caminhada... Que apesar de parecer rápida foi cansativa... Mas ninguém disse que estudar é fácil! [Tudo bem que tem gente que vai se formar e não fez nada durante os 4 anos, mas isso não vem ao caso!]

Será que eu aprendi tudo que eu precisava? Será que eu fiz valer a pena esses 4 anos da minha vida?

E as amizades? Muitas já se perderam durante o curso... Outras ainda sobrevivem... E algumas eu espero que durem para sempre!

É tempo de mudanças... Iniciou-se o encerramento de um ciclo de vida... Resta me preparar para o futuro e batalhar para novas conquistas!

Porque o começo do fim é agora!

E o começo de algo novo está por vir...

Marcella

terça-feira, 23 de agosto de 2011

situações constrangedoras



Eu sempre sento em corredores, seja avião, ônibus ou trem (nunca viajei de trem, mas a premissa continua valendo). Tenho perna comprida, é mais fácil se eu quiser "dar um rolê" (detesto gírias, mas enfim, estou me permitindo). Em uma das minhas últimas viagens, avião cheio, todos esbaforidos, pessoas com malas de mão que parecem pesar 50 quilos e não 5, enfim, nada novo. Fui uma das últimas a subir, como sempre, vi que mais ninguém viria, relaxei. Até que vi uma mulher de uns 150 quilos entrando toda suada, correndo, pizza, suada, carregando 3 malas, suada, quando já estava tudo pronto. E ela entrou toda sorridente, suada, perguntando pra atendente pra onde ela iria. Não ouvi a resposta e inventei a pergunta, mas ela veio vindo. Veio vindo, suada, em câmera lenta, EM MINHA DIREÇÃO. Nesta hora comecei a orar aos deuses do oráculo, prometi cortar o cabelo caso ela não se sentasse ao meu lado. Pensei em fingir dormir, pensei em ter um ataque catatônico, pensei em começar a soltar pum... Bom, ela se sentou ao meu lado. E sim, também sou gorda! E sim, eu fiz isto.

Estava na academia (que tenho frequentado pouco devido a uma dor nas costas) e vi uma menina lá que era minha colega. Poxa, não a via há tempos. Ela é um palito sabe? Isto irrita muito, mas percebi uma barriga BEM saliente. E ela era um palito né. Daí eu fui toda simpática em direção a ela e perguntei: AMIGA, VOCÊ CONSEGUIU FINALMENTE ENGRAVIDAR? Não, ela não estava grávida. E eu fiz isto.

Sai com amigos e tinha uns lá que eu não conhecia. Dai começamos a falar de amigos em comum né, normal isto. Dai falei que tinha visto fulano com a outra sicrana na rua, abraçados, se beijando, até parei para conversar e tals. A menina para quem eu contava a estória era namorada do fulano. Ela não sabia da estória. E eu contei isto.

Uma vez combinei de sair com amigas pra fofocar, só que um povinho que eu não gostava também foi convidado. Inventei uma estória e fui, com outro amigo, a outro local. Adivinha quem tinha ido lá? Sim, as amigas iniciais do texto. E meu álibi (e credibilidade) foi para o saco aquele dia. Sim, aconteceu isto.

Já xinguei uma pessoa e ela era mãe da minha ouvinte. Já fique horas com um possível paquera e só percebi que tinha rúcula no dente quando cheguei em casa, já fiquei com o desodorante vencido sem poder fazer nada, já tive diarréia em banheiros químicos, já comi um prato de comida para só ver o cabelo me olhando no meio do molho na última garfada, já comentei de um paquera pra namorada dele. Sim, fiz tudo isto!

Estas estórias aconteceram, com leves adaptações para os estômagos menos favorecidos. O créme de la créme guardei para o final: vi uma amiga de costas, ao longe (não me pergunte como a reconheci de costas, ao longe, no meio do povaréu). Cheguei de mansinho e a abracei - ABRACEI - com tudo dizendo: amigaaaa, que saudades! Ela se virou...

... ... ...

Sim, eu não a conhecia!

Eu tenho conserto?

Miranda Oprah Priestley

domingo, 21 de agosto de 2011

Ganhei um PLUTO de presente...



No meu 31º aniversário eu estava namorando. Quase tudo andava bem, exceto o fato de eu ter ganhado Dele, um PLUTO de presente!!! Sim, meus Queridos, um P-L-U-T-O!!! Aquele mesmo, da Disney...de pelúcia...

Quem me conhece simplesmente SABE que eu detestaria ganhar um PLUTO de presente. Nada contra o PLUTO, o Mickey Mouse, a Disney...igualmente nada contra aqueles que gostam do PLUTO. Eu não gosto, tampouco desgosto da figura do PLUTO. O fato é que este seria o último presente que eu esperaria ganhar de um namorado, ainda mais no dia do meu TRIGÉSIMO PRIMEIRO ANIVERSÁRIO!!!

Eu até fiquei resgatando da memória, por alguns instantes, para ver se a gente tinha inventado alguma fantasia com o PLUTO, ou com algum outro personagem de desenho animado. Sei lá, de repente o cara se empolgou e resolveu ousar...mas não: simplesmente Ele resolveu me dar o PLUTO: de graça!

Eu não preciso dizer a vocês que a minha cara foi de extrema decepção quando vi aquele monte de espuma saindo do embrulho de presente. Educadamente, eu disse que iria guardar o PLUTO e Ele brincou que era para eu ficar abraçada com o PLUTO na ausência Dele...cada doido com a sua mania...

No dia seguinte liguei para uma Amiga pra contar. Gente, juro, eu não conseguia falar! Eu ria compulsivamente! Por achar engraçado, por decepção, uma confusão de sentimentos. Eu dizia: "Amiga, por que ele me deu um P-L-U-T-O? O que eu vou fazer com a p. do P-L-U-T-O?" A minha amiga desligou o telefone na minha cara porque ela disse que estava quase fazendo xixi nas calças de tanto rir! A gente pensou em tudo...queríamos encontrar um motivo qualquer pra justificar aquele presente...em vão...

Por óbvio que esse relacionamento não foi pra frente. Terminamos por outros motivos, o PLUTO foi parar no lixo, mas o episódio me fez refletir sobre algumas coisas.

Desde criança eu escuto da minha mãe: “Filha, depender financeiramente de homem é uma merda!” Amigadonadoblog, posso escrever merda aqui? Bom, se não puder depois você me avisa...”Filha, estude, tenha sua profissão, e não dependa financeiramente de homem. É uma merda!”. O discurso me perseguiu por anos, feito um "mantra"! Estudei, trabalhei feito uma louca. Desde cedo trabalho, pago minhas contas e sempre bati no peito pra falar que não dependo financeiramente de homem algum...nunca gostei que um homem pagasse qualquer coisa pra mim. Nadinha!

Aí, meus caros, a vida é sábia...meu primeiro namorado era um baita de um pão-duro. Ganhava seis vezes o meu salário da época e nós dividíamos tudo! No meu primeiro aniversário que passamos juntos, ele não me deu presente. Isso porque ele não conhecia a minha mãe e o "mantra". Fiquei chateada. Não pelo valor do presente, mas pela falta de sentimento...Ele não deu sequer um cartão...mas o meu discurso continuava: se estou com Ele, não é por cauda do dinheiro. Eu não dependo financeiramente de homem!

No primeiro Natal, ele me mandou um cartão...pela internet...é isso mesmo! Aqueles gratuitos...tinha até animação imitando neve caindo....sensacional! E meu discurso continuava...Outros aniversários passaram...e nada...em um outro Natal, ele me deu um panetone! Sério,um PANETONE, comprado em supermercado!!! No ano seguinte ele me deu DOIS PANETONES!!! Quando eu cheguei em casa meu pai disse: "Agora sim, Filha! Você é realmente importante pra ele! Dois Panetones!!!"

Anos depois, aconteceu o episódio do PLUTO...

São histórias que parecem brincadeira e divertem meus amigos na mesa de bar, mas o fato é que elas me levaram a uma série de reflexões quanto ao que desejo pra mim. O que teria me levado a atrair homens que me dão a importância de um impessoal panetone, ou de um infantil PLUTO?

A resposta eu já encontrei, aprendi a relativizar o "mantra", e espero nunca mais repetir o padrão!

A.D.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tem dia que...



Tem dia que há muito a dizer

Tem dia que você se cala

Tem dia que amar te faz bem

Tem dia que o amor te faz mal

Tem dia que você quer um conselho

Tem dia que você quer um abraço

Tem dia que você não quer nada

Tem dia que você está feliz

Tem dias bons...

Tem dia que você acorda pra salvar o mundo

Tem dia que você sorri

Tem dia que você quer socorro

Tem dia que você quer muita gente ao redor

Tem dia que você não quer ver ninguém

Tem dia que você quer um campo

Tem dia que você quer asfalto

Tem os dias pra lembrar

Tem os dias pra esquecer

Tem dia que dói...

Tem dia que você odeia alguém

Tem dia que alguém te machuca

Tem dia que você machuca alguém

Tem dia que não passa

E tem dia que nunca chega

@rosannats

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quando bate a saudade...



Engraçado como às vezes pensamos que as coisas continuarão do jeito que estão e nos iludimos com um falso “para sempre”, mesmo sabendo que ele não existe.

Podemos pensar que o emprego atual será para o resto da vida, mas ocorre uma reviravolta e muda o rumo da nossa carreira.

Acreditamos em amizade eterna e sem perceber aqueles amigos que antes eram inseparáveis, já não tem mais contato.

Queremos morar até o fim de nossa vida em determinado lugar, porém devido a acontecimentos inesperados nos vemos obrigados a nos mudar e deixar para trás aquilo que, de alguma forma, fazia parte de nós.

Ao conhecermos aquela pessoa especial podemos pensar que ficaremos com ela para sempre, até que brigas, desentendimentos e mudanças no sentimento fazem com que aquela pessoa já não pareça mais tão perfeita como pensávamos.

Familiares e amigos que repentinamente, ou não, deixam esse mundo e levam consigo uma parte de nós que jamais poderemos recuperar, somente podemos aprender a lidar com o vazio que foi deixado.

E o que nos resta?

SAUDADES...

Saudades da infância... Quando o mundo parecia perfeito e as pessoas inocentes e inofensivas.

Saudades das amizades que vieram e se foram deixando boas lembranças ou cicatrizes... Às vezes ambos.

Saudades daquelas pessoas queridas que já não estão mais entre nós.

Saudades da sensação de ter tudo sob controle que vivenciamos diante uma conquista, onde tudo parece se encaixar perfeitamente...

É a saudade das coisas que não voltam mais... A saudade que não há solução...

Porém, de qualquer forma, a vida segue... E a vida é boa, MUITO boa...

Por isso temos que aproveitar as coisas que temos no presente e as pessoas que estão conosco agora para depois não nos arrependermos de nada e não ficarmos com aquele sentimento de que poderíamos ter feito mais ou que deveríamos ter dado mais valor quando algo ou alguém estava em nossa vida...

Marcella

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mimimis privados



Queria um texto daqueles bem cafonas que só gente apaixonada é capaz de escrever, sabe? Essa gente que não tem medo de ser feliz, essa gente que chora ouvindo música e assistindo novela, essa gente que perde a fome e fica o tempo todo rindo sozinha feito boba. É que hoje eu tô mulherzinha, minha gente, e vocês vão ter que me aguentar.

Sou tão saudosista que sinto saudade de estar apaixonada, faz muuuuito tempo desde a última vez... Tenho saudade do friozinho na barriga que tira a fome, saudade de não ter medo de nada, daquele otimismo irritante que só gente apaixonada tem. Saudade de ver o meu mundo caindo e pensar: “Tá tudo bem, tudo se ajeita!”.  Saudade de ver o lado bom das coisas no matter what, porque quando a gente ta feliz tudo dá certo, já reparou? E se não dá, a gente inventa um jeito, passa batido, sem dramas, as coisas fluem, barquinho solto na ventania...

As pessoas estão perdendo a sensibilidade, as pessoas estão perdendo o respeito. É tudo tão descartável, as relações tão superficiais. Gente com medo de se envolver, justificando serem fortes. Existe pessoa mais fraca do que aquela que não tem coragem de dar a cara a tapa? Eu acho os homens corajosos, os homens apaixonados e de atitude tão mais interessantes! Pensando bem, faz tempo que não me deparo com um destes.

Alguns dos meus defeitos – eu entro de cabeça em tudo o que eu faço, eu sou 8 ou 80, eu sou intensa, verdadeira (até demais), me perco nos joguinhos, não nasci pra isso, fico toda atrapalhada, sou preto no branco, sou desajeitada, sou transparente. Acho que nasci na época errada, aliás não tenho dúvida disso.

Da última vez a coisa foi tão feia que eu jurei nunca mais! E eu minto também, porque tenho certeza que quando aparecer, vou cair como um patinho de novo e aí quando eu já estiver envolvida, já era, a coisa vai desandar!

E quer saber, eu sou corajosa e vou parar de escrever porque perdi a inspiração. Nesse exato momento uma amiga acaba de me contar que tem um cara fazendo o maior drama, pois não sabe se fica ou não com ela... (detalhe: ELES NUNCA NEM SE BEIJARAM!) e isso me brocha!

Chega por hoje, semana que vem tem mais! Quanto aos homens, vai uma dica: vocês precisam parar de ser tão complicados. Obrigada!

@analicebm

Jantar Dançante



Na última sexta-feira, recebi um email de uma amiga me convidando para um “Jantar Dançante” em comemoração aos dez anos de formatura do curso de Direito. O mesmo email estendia o convite aos maridos, esposas, namorados, noivos, filhos, etc.

Minha primeira reação: UAUUUUU!!!! DEZZZZZ ANOS!!!! Caramba... o tempo passou mesmo!!! Tudo bem que eu já tinha reparado nisso, especialmente nos quilos a mais que a balança insiste em apontar, nos cabelos brancos, nas rugas perto dos olhos, na textura da pele... sim, amigos, muita coisa mudou.

Eu confesso que não tinha parado pra pensar muito nesse lance de dez anos de formatura, mas depois do convite parece que “realizei” a informação e estou “ruminando” o assunto desde então...

Pois é, quando ingressei no curso de Direito, eu tinha uma visão um pouco romântica da profissão. Com o passar de uma década, perdi um pouco do romantismo, mas isso é assunto para um outro post...

Resolvi escrever este texto sob a ótica da minha vida pessoal porque foi exatamente aí que a minha inquietude encontrou guarida.

Quando eu era mais jovem, por volta dos meus vinte anos, fiz planos. Natural. Sabe aquele lance de querer plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho? Pois bem, além destas três metas, imaginei que eu iria terminar a faculdade, cursar pós graduação, ter um bom emprego, casar, e, depois de dez anos de formada, imaginei que minhas preocupações seriam com a educação dos meus filhos.

Dez anos se passaram e eu posso dizer a vocês que concretizei alguns planos, mas nem todos. E não na ordem que planejei. A árvore eu plantei. Alguns homens importantes passaram na minha vida, mas não me casei. Também não tive filhos. O emprego bom demorou, mas veio. Algumas coisas excelentes, que não estavam nos meus planos, também acabaram acontecendo.

Durante esses dois dias de reflexão estou chegando a conclusão de que a formatura representou um marco importante na minha vida. Fato. Depois dela, amadureci profissionalmente e pessoalmente.

Não me importa muito que eu ainda não tenha realizado tudo que eu sempre sonhei. Tenho ainda muita coisa pra fazer e hoje meus desejos também aumentaram. Os “quereres” antigos, ainda não concretizados, ganharam outra roupagem. Estão mais refinados...

O mais importante é que continuo esperançosa. Mesmo com alguns anos a mais, uma suposta maturidade, continuo caindo, levantando, tropeçando, dando um passo para o lado...mas o foco é seguir adiante. Sempre em frente.

Ah, e estou animadíssima para o Jantar Dançante! Certeza que será excelente reencontrar os bons e velhos amigos!

A.D.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Casal sem-noção

Ahh o amor! Nada mais bonito do que um casal apaixonado, o brilho nos olhos, o sorriso estampado no rosto e o suspiro ao avistar a pessoa amada...

Pena que nem tudo é flores!

Sabe aquele casal sem noção que pensa que está sozinho no mundo?

Pois é...

Eu não tenho nada contra algumas demonstrações públicas de afeto: segurar na mão, dar um beijinho aqui, outro ali, andar abraçadinho e tal.

Agora quando o casal entra numa pegada louca em público, eu fico bege!

Pode ser no metrô, no parque, no mercado, no shopping, no cinema, na faculdade... Pessoas, beijem com moderação, deixem o vuco-vuco pra quando estiverem entre 4 paredes, por favor!

O casal começa com um selinho aí pensamos: Que lindos! Deus abençoe!

Ai rola um princípio de beijo de língua: Ok, ok, é o amor!

Beijo de novela: Casal sem noção à vista, vergonha alheia!

Beijo com pegada: TIREEEEM AS CRIANÇAS DA SALA! A cena é inapropriada para menores de 18 anos!

Ai você que, por falta de opção, encontra-se perto do casal fica com aquela cara de socorro porque, dependendo da ocasião, não tem pra onde correr!

Conforme a pegada louca se intensifica por desespero você tenta tapar os olhos das crianças e dos idosos mais próximos... Em vão! Todos já estão boquiabertos e horrorizados!

O casal já não está mais entre nós... Não pense que é porque foram embora, mas é porque eles estão em transe devido ao ritual do acasalamento em curso e nem percebem o que se passa ao redor. Enquanto isso, as pessoas em volta ficam bufando, balançando a cabeça, dando aquele tapa na testa com cara de que horror!

E o casal lá, achando que está fazendo bonito e ainda quem está por perto tem direito ao som de SMACK! BLECK! CHUAH! XEREGDET!

Eu tenho nojinho!

Casais sem noção dêem uma maneirada! POR FAVOR!

Marcella

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ODEIO HOMEM-BUNDA



Gente, nesses anos e anos no mercado (=solteira) já passei por cada situação que até Deus duvida...e quanto mais eu rezo, mais HOMENS-BUNDA aparecem na minha vida...

Um HOMEM-BUNDA é facilmente identificado logo no primeiro encontro. Vejam só: a maioria dos homens te convida pra jantar em um primeiro encontro, certo? Certo. Até aí, tudo ótimo, adoro homens que apreciem boa gastronomia, uma boa bebida, uma boa conversa...o problema surge quando ele resolve te comunicar que está sem carro....e pede para você encontrá-lo no restaurante...ou ainda, se ele vai te buscar em casa, vem com aquela clássica pergunta? E aí, onde vamos?

Sem carro? Encontrar no restaurante? Onde vamos? Onde iríamos, não é? A minha vontade é de sair correndo naquele mesmo instante...Costumo brincar com as minhas amigas que adoramos homens do estilo “DESCE”!!!! Homens que te ligam e simplesmente dizem: “desce do seu apartamento que estou aqui embaixo te esperando para uma noite incrível!” Não é o máximo, gente? ATITUDE É TUDO NESTA VIDA!

E o cara que te convida para jantar, vai te buscar em casa e te leva em um restaurante do tipo rodízio...NADA MAIS CAFONA e BROXANTE para um primeiro encontro!!!! O restaurante é todo acesso, os garçons ficam apostando corrida com os pratos nas mãos e não deixam vocês engatarem um único assunto porque já tratam de enfiar um prato de comida na sua fuça...

Durante o encontro, homens, por favor, NÃO FALEM do seu carro esporte último modelo porque não entendemos nada de carro e isso não nos impressiona. Pelos mesmos motivos, não fale sobre a sua conta bancária e sobre a prestação do seu apartamento. Principalmente, jamais fale SOBRE SUA EX. Não queremos saber. ACEITE ISSO.

E na hora de pagar a conta? Meus amigos homens, por favor: em um primeiro encontro PAGUEM A CONTA! Se você não tem dinheiro para levar uma mulher para jantar em um restaurante caro, da moda, não tem problema. É até melhor você procurar uma alternativa, com preço mais razoável, um restaurante com poucas pessoas, pouca luz, comida bem feita, mas, por favor, PAGUEM A CONTA! É um sinal de gentileza e cavalheirismo que as mulheres apreciam! Não pelo dinheiro, mas por transmitir o recado de que a noite foi agradável e que aquela mulher é importante para você.

Na hora de levar a mulher em casa, de volta do primeiro encontro, por favor, SOLTEM O CINTO de segurança quando chegar ao destino! Se a mulher aceitou jantar com você e você não demonstrou ser um HOMEM-BUNDA, é beeem provável que ela quer algo a mais. É uma espécie de código: se o cara solta o cinto, ele quer te pegar...se ele não solta o cinto, significa que o encontro não foi legal e ele não quer mais te ver de novo. Por isso, homens, fiquem espertos!

Depois que o namoro engata, por favor, homens, comecem a treinar a expressão dos seus sentimentos! Adoramos ouvir que vocês nos AMAM e o quanto somos importantes para vocês. É fácil, treinem em casa: CONTRAIAM O DIAFRAGMA, ARTICULEM A LÍNGUA E SIMPLESMENTE ABRAM A BOCA!!! Tenho certeza que as palavras sairão!!!

Toda noite eu rezo para que os HOMENS-BUNDA saiam da minha vida!!! Só isso que eu peço...AMÉM!

A.D.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Isto me irrita MUITO!



Este post é em homenagem a todos aqueles que, como eu, merecem ir para o Céu. Por quê? Pelo simples fato de serem pacientes, educados, cheirosos e o principal: sair sem nenhum homicídio nas costas após alguns minutos (ou horas) em um coletivo!

Funciona assim, você acorda feliz e bem-humorada após de 4 longas horas de sono super restaurador, tipo assim, super descansada, visualizou? Tem um dia maravilhoso no trabalho, sem imprevistos, sem solicitações urgentes para ontem, sem gente chata nem estressada. Certo? Haha, claro que é assim, né?! Bom, o dia acaba, seu pé está em carne viva dentro daquele sapato lindo e caro e tudo o que você quer é chegar em casa. Sã e salva.

Antes de sair você lamenta não ter comprado um carro só seu ainda, estufa o peito, anda com elegância e parte pra luta! Mas por mais que você tenha boa vontade, são muitas as razões para desejar esfolar o ser humano ao lado.

Vamos lá! As “mais mais” da lista. Pesquisas apontam que se tivesse hashtag estaria nos trends do twitter.

Gente, me diz quem foi que inventou os malditos celulares que tocam músicas sem precisar conectar o fone? Me diz, me diz? Pra mim as coisas funcionam assim: “Não sabe brincar, não brinca!”. Tenho vontade de esbarrar sem querer e derrubar o brinquedinho, e assim... sem querer pisar com o salto e quebrar em pedacinhos, sabe? Assim, por acidente mesmo! Essas pessoas não têm noção de horário, de gosto musical, nem o menor pudor [presta atenção nas letras das músicas]. Não sei qual é o tipo me irrita mais: aquele que deixa a música alta, mas esconde o celular e finge que não é com ele o detentor de tanto mal gosto [aí, se você tiver um lapso de coragem, não sabe a quem matar], ou aquele que se exibe como um pavão, canta junto, batuca – se for pagode ou solta aqueles gritinhos lindos de Tathy quebra barraco – se for funk, enfim, se estiver com amigos então... sai de perto! Uma gritaria total.

Dias de chuva é melhor ainda. Os carros sempre optam por passar nas possas de água. Mega refrescante, adoro! Bom, nestes dias o trânsito é ainda mais cruel e todos querem entrar no mesmo “busão” [aí que deprimente]. Bom, lá dentro rola de tudo, com ou sem chuva. Tem aqueles folgados, você dá licença para a pessoa passar e ela fica no seu lugar. Tem os sem noção, que ficam com as mochilas nas costas. Tem os tarados, que tentam se aproveitar da situação e sempre finge que não é com eles se você se defende [já ouvi cada história!]. Tem as barraqueiras de plantão, buscam briga por nada, chega a ser hilário se você prestar bem atenção, uma vez tinha uma me empurrando, querendo que eu falasse algo, mas eu estava empolgada demais num blog pra dar atenção pra ela... e não é que ela foi irritar outra pessoa até que conseguiu discutir?! Aff... vergonhoso! Mas em dias de chuva o que mais irrita mesmo é o guarda-chuva molhado, pingando e molhando tudo e todos.

Aqui eu abro um parênteses, já percebeu que dá facilmente para perceber se você entrou no ônibus errado? Cada linha tem um público frequentador específico, uns mais civilizados, outros menos, uns mais cheirosos, outros bem menos. Por exemplo, você sabe se entrou na linha verde, azul ou vermelha do metrô. Começa a notar... Fecha parênteses.

Metrô e trem têm suas particularidades também, me irrita muito aquelas pessoas que pegam distância e impulso pra entrar. Estão vendo que nem oxigênio cabe mais, mas eles acham que é que nem coração de mãe.

Me pergunto se sei se o povo já acostumou a andar apertado ou se são espaçosos mesmo. Simplesmente detesto os que ficam próximos demais, sejam em pé grudados desnecessariamente e com o braço no seu rosto, ou sentados os as pernas abertas [ou melhor, escancaradas]. Gente perto demais... Não!

E #PELAMORDIDEUS por que precisam usar regatas? Eca! Que nojo!!!

Assim, uma boa dica para manter a sanidade mental e emocional, é optar por ser antissocial na medida certa. Eu escuto música enquanto leio algo na internet, se eu estiver acompanhada, gosto de conversar, assim o tempo passa rápido e nem sinto a viagem, se estiver sentada leio alguma coisa. E o mais importante: imaginar que esta é só mais uma provação pra você se tornar um ser humano melhor, mais paciente, mais tolerante [hum... acho que este consolo não colou].

Que inveja de que usa o transporte público de SP, por opção e não por falta de opção.

Beijos!

@rosannats

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desapego


Existem momentos em nossas vidas em que nós precisamos praticar o famoso desapego, mas às vezes é difícil, muito difícil.

Não importa se precisamos nos desapegar daquele ex que mesmo te fazendo sofrer você ainda sente alguma coisa e sempre que ele te chama para conversar você é atenciosa; daquele emprego que não dá mais certo porque você não suporta e as horas passam na velocidade de meses; daquela roupa que você comprou e que hoje você não gosta ou não te serve, mas que por algum motivo que você não entende você não quer doá-la; daquele sapato que você usou uma vez, deixou seu pé em carne viva, mas que foi muito caro para simplesmente descartá-lo; daquele amigo que some por meses e age como se você não existisse, mas que esporadicamente reaparece e acha que é seu BFF. Quando chega a hora de seguir em frente, muitas vezes a separação pode ser sofrida.

Como lidar com isso?

Não sei!

Na verdade, acredito que cada um deve descobrir o seu próprio modo de lidar com o desapego, já que as pessoas são tão diferentes, porque nessas horas elas deveriam agir da mesma maneira, não é mesmo?

Cada um sabe a forma mais fácil de lidar com situações difíceis e é assim que deve ser.

Para uns, o melhor a fazer é manter distância (acredito que esse seja o meu método), porque quando é necessário deixar algo partir quanto menos contato tiver menor será a dor... Isso não quer dizer necessariamente deixar de ter contato com o que estiver em jogo para sempre, mas uma pausa, um distanciamento para que as idéias possam ser colocadas no lugar. Bate aquela vontade de fugir de tudo e de todos, de ficar um pouco sozinha... Porque todos precisamos de momentos de solidão para que possamos refletir sobre nós mesmos e sobre o que acontece em nossas vidas.

Quando nos apegamos a alguma coisa ou a alguma pessoa o que queremos é tê-la para sempre em nossas vidas, de certa forma, quando pensamos no desapego ficamos inseguros e essa insegurança muitas vezes não tem sentido, temos medo da mudança por não sabermos o que acontecerá no futuro. Porém, o que é a vida sem mudanças?

Nossas vidas mudam constantemente, por mais que sejam mudanças que passam despercebidas no cotidiano. Quando paramos para pensar como era nossa vida cerca de 5 anos atrás com certeza podemos perceber o quanto mudou...

Por mais que muitas vezes seja difícil, o desapego é necessário.

Quando nos damos conta de que precisamos nos desapegar, provavelmente é porque percebemos que algo não faz mais sentido em nossa vida. O que antes parecia ser necessário para viver, hoje já não faz tanto sentido.

É sempre difícil quando temos que sair da nossa “zona de conforto”, quando vamos lidar com o desconhecido, mas passar a vida inteira sem experimentar coisas novas e não ter momentos inesperados é simplesmente existir, sendo que se estamos aqui temos que realmente VIVER.

Precisamos praticar o desapego e enfrentar as mudanças como algo positivo que trará melhorias para o nosso crescimento!

Marcella

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

rompendo barreiras

Sabe quando você acha que já ultrapassou todas as barreiras do ridículo? BALELA! Essa tarde tive a verdadeira constatação de que em se tratando da minha vida: O CÉU É O LIMITE!

Fui convidada para ir a uma VIOLADA. Isso gente, VI-O-LA-DA!

O que seria uma violada? Melhor viver na ignorância?

VIOLADA: festa cheia de cowboys (ou não), regada à música sertaneja do começo ao fim (acho).

Se, há exatamente um ano, alguém me chamasse para ir a um local desses, em primeiro lugar: eu nem ia saber do que se tratava, e em segundo lugar: eu ia dar uma gargalhada na cara do cidadão – não necessariamente nesta ordem...

Porém, não foi isso que ocorreu nesta tarde de segunda-feira. Não sei se é a fase em que me encontro, não sei se foi o álcool acumulado no sangue (resquícios do final de semana), não sei se me pegaram de surpresa e fui no “embalo”... Só sei de uma coisa: EU ACEITEI e pasmem - não será uma violada QUALQUER, será tipo uma micareta sertaneja.... (gente, vocês ainda estão aí? Se decidirem fingir que não me conhecem, excluir do MSN, facebook, dar unfollow no twitter, não vou julgar....não tenho propriedade...)

Micareta sertaneja... não, o nome da festa não é esse não, ninguém me falou que era isso, a denominação foi por minha conta mesmo (apelido carinhoso)... O que acontece é: minhas amigas vão dormir no hotel onde será a festa, que fica em uma rodovia e como eu sei que vou ter que encher a cara pra poder agüentar o tranco, decidi acompanhá-las para não ter que ficar dirigindo na estrada sozinha e alcoolizada....

Visualizo três opções:

1 ) Vou encher a cara, chamar alguém de caipira bem alto, essa pessoa vai ouvir, querer me dar um pau e alguma amiga solidária terá que interceder;

2 ) Vou me apaixonar completamente por um peão de calça Wrangler- justa-santro-peito, fivela e chapéu, que irá me tirar dessa vida;

3 ) Vou ficar puta e passar a noite inteira no quarto do hotel reclamando e chorando bêbada, amaldiçoando as minhas amigas, todas aquelas pessoas e a minha vida que chegou a tal ponto.

Estou claustrofóbica, estou paniquenta, estou envergonhada... eu comigo mesma: “Calma Analice, você não é obrigada a ir se não quiser, ninguém nunca morreu de ataque de vergonha alheia, vai dar tudo certo,  pode confiar...”

O pior é que eu acho que eu vou (shiiiiuuu) e depois conto pra vocês!

Algum conselho, figurino, como se portar?

Eu tenho um conselho: acho que deveriam começar a acreditar nessa teoria do fim do mundo que dizem por aí, porque do jeito que as coisas andam, sinto que ele se aproxima!

SOLTA O SOM!







@analicebm

Acontecimentos Inusitados



Trânsito é enlouquecedor para todas as pessoas, certo? Todo mundo trata de fazer alguma coisa para manter a sanidade. É só olhar pro lado. Alguns ligam o som alto, cantam, dançam, lêem, cutucam o nariz, trabalham, fazem a unha...sim gente, pasmem, uma amiga já fez as unhas no trânsito! Ela tirou lixou, tirou cutícula e esmaltou! Manicure completa!

Bom, a par essas coisas comuns, e outras nem tanto, que a gente consegue ver, no trânsito acontecem coisas inusitadas, invisíveis. A Cássia é uma amiga de faculdade, de longa data... é a pessoa que mais atrai esses “acontecimentos inusitados no trânsito”. Nós, amigas, costumamos dizer que a Cássia “derruba homens no trânsito”! Como assim? Explico:

A Cássia é uma mulher comum: não é deslumbrante, mas quando ela quer, ahhhh meus queridos, ela se transforma. Como diz um amigo gay, ela sobe no salto, gruda no teto e arrasa!

Pois bem, um dia a Cássia foi designada pelo sócio do escritório que trabalhávamos para ir ao Rio de Janeiro resolver um assunto profissional no Tribunal de Justiça. Ela se pôs linda e deslumbrante no seu terno preto, bem cortado. Vestiu um sapato que a deixava com uma postura muito sensual e partiu no vôo das sete da manhã. Considerando que o compromisso estava agendado para às 14:00, a Cássia teria tempo de sobra para cumprir com o esperado e retornar a São Paulo no mesmo dia.

Durante o vôo ela, como de costume, não reparou nas pessoas que estavam ao seu redor. Preocupou-se apenas com o retoque da sua maquiagem, sempre impecável.

O avião que estava previsto para pousar no Aeroporto Santos Dumont acabou pousando no Aeroporto do Galeão, duas horas mais tarde do previsto. Quando ela finalmente desembarcou, o caos estava instaurado: a chuva tinha inundado a cidade! Não havia taxi suficiente para transportar todas as pessoas que estavam no Galeão.  E agora? Há poucas horas do horário marcado para o compromisso profissional, a única voz que a Cássia conseguia ouvir no meio daquele tumulto dizia que o acesso ao Centro do Rio de Janeiro estava obstruído em decorrência de uma queda de barreira no túnel Rebouças. Pronto: pânico!

De repente, ela conseguiu escutar uma outra voz: a de um homem que perguntou se ela gostaria de dividir um taxi com ele até o Centro. Ele iria para um compromissoem um Clientepróximo ao destino dela. Na mesma hora, sem olhar para o rosto daquela alma que estava salvando a sua vida e o seu emprego, ela aceitou.

Eles levaram mais de três horas para chegar ao Tribunal de Justiça. Durante o trajeto, conversaram sobre o clima na Terra, trânsito, mercado financeiro (ele trabalhava com mercado financeiro), advocacia no Brasil (a Cássia é advogada), política, estudos, animais de estimação, família, amigos, restaurantes, festas, viagens, perfumes, elegâncias, gentilezas...até que enfim a Cássia chegou no seu destino. Ela saiu do taxi e quis pagar a corrida. Ele não aceitou. Ele pegou o telefone dela apenas por precaução, para se certificar mais tarde que ela embarcaria naquele mesmo dia de volta a São Paulo.

Não preciso dizer que a Cássia perdeu o compromisso, e os Desembargadores também. O compromisso foi adiado e o “homem do taxi” (sim, ele se identificou como o “homem do taxi”) ligou para ela perguntando sobre o vôo de retorno. Nessa altura do campeonato, a Cássia estava tentando remarcar a passagem aérea para o dia seguinte, e também procurando um quarto de hotel para passar a noite. As dificuldades aumentavam... sabe aquelas coisas que sempre acontecem tudo junto? Os aeroportos no Rio de Janeiro estavam fechados, os hotéis estavam lotados...tudo conspirava contra a Cássia....ou a favor...

Prontamente o “homem do taxi” disse que a empresa para a qual ele trabalhava havia reservado um quarto no Sheraton e a Cássia estava convidadíssima para passar a noite no mesmo hotel.

Quando ela chegou na recepção, havia um quarto reservado em seu nome. Ela subiu, exausta! Agradecendo ao universo por ter aparecido o “homem do taxi” que havia lhe salvado o dia por duas vezes!

Em cima da cama havia um bilhete:  “Bem-vinda! Aguardo você no Sushi Leblon para o jantar. Beijos, “Homem do Taxi.”

A noite foi maravilhosa! Eles jantaram, conversaram, deram boas risadas, tomaram algumas cervejas, voltaram para o hotel e... se beijaram e transaram loucamente até o amanhecer.

Ah, o nome do “Homem do Taxi”? Ela se lembra... Cássia, continuo sua amiga, tá? Juro que não vou contar as estórias de Caxias do Sul, de Buenos Aires, de Brasília, de Atenas, de Paris, de Nova Iorque...

A.D.