terça-feira, 30 de agosto de 2011

To be continued...

“Não quero mais ir, vou ficar em casa, a minha vida é horrível, não quero ver gente...dá um jeito de vender o meu convite, por favor!”. Ela está no trabalho, entra no MSN, no facebook, no twitter e em todas as redes sociais possíveis e imagináveis para tentar vender o maldito convite.

Toca o celular e no meio de milhões de coisas para fazer no trabalho ela atende, com aquele humor que lhe é peculiar, já avisando que pode falar “mas BEM RÁPIDO!”. Do outro lado da linha, uma voz feminina histérica grita:

- “VOCÊ NÃO SABE QUEM ESTÁ AQUI E VAI HOJE NA FESTA?!?!”

- “Não faço a menor idéia e nem tô interessada, quero vender o meu convite, você sabe de alguém que queira comprar?”

- “O Rafael vai! Você acredita? E Você também vai, eu não quero nem saber, vocês têm que se encontrar!”

Então ela começa a relembrar daquela época, eles se apaixonaram sim, talvez mais ele do que ela, mas ela tinha consciência de que ele era uma das melhores pessoas que já havia conhecido, engraçado, inteligente, daqueles que você passa horas no boteco, bebendo cerveja, rindo a noite toda e o papo não acaba. Só que moravam a 600km de distância e quando se é mais jovem e se convive com tudo novo, é difícil se “prender” a alguém....

Milhões de coisas passaram pela sua cabeça: ”E se tivéssemos ficado juntos, será que teria dado certo?”, “E se eu não tivesse me deslumbrado com a vida de aborrescente-independente da época?”, “A gente tinha uma música!”, “Ele passava em casa pra me buscar nos finais de semana tremendo de nervoso e eu lembro que ele tinha uma fita no carro e gostava de ouvir e cantar “Chão de Giz”...”, “Por que eu fiz aquilo? Foi tão infantil da minha parte...", "Ele tem raivinha de mim até hoje..talvez orgulho ferido, sei lá!”.  Se eles teriam dado certo? Isso ela não saberia responder....

O  fato é, ela chegou em casa e a idéia de vender o convite havia desaparecido completamente, tinha curiosidade de vê-lo depois de tantos anos. Por mais que quisesse negar, vestiu o seu melhor “modelito”, fez babyliss no cabelo e saiu.

O lugar era imenso e talvez não se encontrassem, já tinha até desistido da idéia, quando no meio da multidão, ela esbarra sem querer, justo nele, claro – “Até que o tempo lhe foi generoso”, pensou tentando não parecer tão empolgada com a situação. Em contrapartida, ele parecia que havia visto um fantasma, ficou completamente sem jeito, sem saber o que dizer, parecia que o tempo não havia passado. Ficaram a noite toda trocando olhares e conversando tímidos, feito dois adolescentes e ela que sempre diz “adorar um romance”, achou aquilo a coisa mais divertida do mundo!

O fim de semana passou e logo no início da semana seguinte ele tentou contato, e foi assim que voltaram a se falar, depois de tantos anos afastados, e ele voltou a fazer parte da vida dela, depois de todo aquele tempo que ficaram sem ter notícias um do outro....

 Se eles ficaram juntos no final? Não gente, aqui não é a estorinha da Bela Adormecida que casa com o príncipe e vivem felizes para sempre...além do que, é baseada em fatos reais, mudei os nomes e locais para preservar a identidade dos envolvidos. Mas cá entre nós, eu torço para que o melhor aconteça, pois adoro os tais “finais felizes”....vocês não?!?!

 @analicebm

2 comentários:

  1. Definitely "to be continued...." ..............eu acredito !!!! Adoreiiiii <3

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  2. Obrigada bonita!!! <3 Concordo! Os finais felizes são os melhores, não importam quais…..desde que sejam felizes….rs…é isso! Beijosss!

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